1. Escrever.
2. Caminhar.
3. Dizer sempre obrigado, com licença, perdão quando necessários. (Existem momentos da minha vida pessoal, tão desgraçados, que sinto vontade de chorar quando alguém esbarra em mim sem querer e diz com sinceridade o seguinte mantra confortador: - Perdão, senhor! Perdão!)
4. Sentir compaixão pelos desvalidos que todos nós somos, fomos ou seremos. (A vida é merda e redenção para todos: taí uma regra sem exceção).
5. Dar adeusinho afetuoso a todo bebê ou criança que cruzar o seu caminho e rir para você. Ese pequeno gesto poderá lhe garantir no mínimo sete dias a mais de vida, o que, a depender do caso, lhe pode ser uma boa ou má notícia).
6. Acarinhar gatos e cachorros como se fôssemos nós próprios – e fomos, somos, ou seremos gatos e cachorros.
7. Agir duas vezes antes de pensar.
8. Não se vitimizar nunca. Nasce-se vítima. Morre-se vítima. A desgraça é desígnio universal. A tempestade nasceu pra todos. Ninguém é totalmente feliz. A miséria é nossa marca registrada, tatuagem invisível que carregamos sob nossas peles desde a chegada até a partida. Ponto. O que nos resta fazer: surfar na própria merda até o fim dos tempos e let it be.
9. Quando incômoda e óbvia vontade de morrer nos invade, e a incômoda e óbvia vontade de morrer nos invade a todos, indistintamente, a toda hora e a todo lugar, tente aliviar a barra ingerindo aquelas santas pilulazinhas tarja preta. Se a dor não passar, vá mais além, pague pra ver. Que se fodam os outros: a dor de cada um é a dor de cada um, absolutamente pessoal e intransferível.
10. Tomar pelo menos uma vez na vida: a) um sorvete de cocana (mix de coco com cachaça) em sorveteria francesa em esquina do Terreiro de Jesus, em Salvador. b) um ovomaltine do Bob´s em qualquer lugar do planeta.
11. Mande alguém – (que o incomode atrozmente) - tomar no cu sempre que puder. A imprecação poderá lhe render o desemprego ou a perda de uma amizade, mas vale quanto pesa: mandar alguém tomar no cu, em retumbrante brado, é libertador e redentor.
12. Quando tudo der absolutamente errado, aperte o botãozinho do foda-se, repita o mantra pessoal que o acompanha desde sempre, cague e, basicamente, ande.
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